
Nem mais uma palmada
Como se sentiria se levasse uma palmada de outro adulto?
(Pare e pense um pouco sobre isso.)
É assim que uma criança se sente.
Qualquer palmada, mesmo que a tente suavizar com o eufemismo “palmada pedagógica”, é um gesto de violência degradante e humilhante.
Paradoxalmente, quanto mais pequena a criança, mais aceitável parece ser. Não podemos bater em adultos, mas achamos normal dar uma palmada numa criança totalmente dependente de nós e com metade do nosso tamanho.
E achamos que ninguém tem nada a ver com isso.
Mas os castigos corporais e psíquicos na infância:
- São uma violação dos direitos humanos, da integridade física e da dignidade das crianças;
- podem causar danos físicos e psicológicos;
- ensinam que a violência é uma via para resolver conflitos;
- são ineficazes como meio de impor a disciplina;
- pressupõem que certos graus de violência são aceitáveis, o que dificulta a proteção das crianças (onde fica, afinal, o limite?).
Vamos mudar
O mundo mudou e continua a mudar. A violência contra as mulheres não é aceitável. Os castigos físicos aos alunos não são aceitáveis. Os maus-tratos a animais não são aceitáveis. Estaremos prontos para a mudança primordial?
Ajude a interromper o círculo vicioso de pensar “Deram-me palmadas em criança e não só não me fizeram mal nenhum, como formaram quem eu sou hoje”.
Não vamos censurar o passado. Todos, em algum momento, o fizemos, ou vimos fazer e nada dissemos. Mas a ciência trouxe provas conclusivas: todos os castigos corporais e psíquicos têm efeitos negativos. Por isso vamos mudar.

Se já o fez, não volte a agredir o seu filho.
Se testemunhar, intervenha, seja pedagógico.
A lei é clara, e os castigos corporais já são puníveis com 1 a 5 anos de prisão.
É pai ou mãe e precisa de ajuda? Descubra aqui o que fazer.
Vamos crescer e ser melhores adultos, agora e no futuro.
Tenha coragem
Esta mensagem pode ser difícil de passar hoje, mas será óbvia para todos amanhã. Tenha a coragem de proteger os mais vulneráveis:
- Mesmo que não tenha filhos, ajude e divulgue.
- Mesmo que tenha mudado de opinião, ajude e divulgue.
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