Nem mais uma palmada

Nem mais uma palmada

Como se sentiria se levasse uma palmada de outro adulto?

(Pare e pense um pouco sobre isso.)

É assim que uma criança se sente.

Qualquer palmada, mesmo que a tente suavizar com o eufemismo “palmada pedagógica”, é um gesto de violência degradante e humilhante.

Paradoxalmente, quanto mais pequena a criança, mais aceitável parece ser. Não podemos bater em adultos, mas achamos normal dar uma palmada numa criança totalmente dependente de nós e com metade do nosso tamanho.

E achamos que ninguém tem nada a ver com isso.

Vamos acabar com os castigos corporais na infância
Unsplash/Xavier Mouton Photographie

Mas os castigos corporais e psíquicos na infância:

  • São uma violação dos direitos humanos, da integridade física e da dignidade das crianças;
  • podem causar danos físicos e psicológicos;
  • ensinam que a violência é uma via para resolver conflitos;
  • são ineficazes como meio de impor a disciplina;
  • pressupõem que certos graus de violência são aceitáveis, o que dificulta a proteção das crianças (onde fica, afinal, o limite?).

Vamos mudar

O mundo mudou e continua a mudar. A violência contra as mulheres não é aceitável. Os castigos físicos aos alunos não são aceitáveis. Os maus-tratos a animais não são aceitáveis. Estaremos prontos para a mudança primordial?

Ajude a interromper o círculo vicioso de pensar “Deram-me palmadas em criança e não só não me fizeram mal nenhum, como formaram quem eu sou hoje”.

Não vamos censurar o passado. Todos, em algum momento, o fizemos, ou vimos fazer e nada dissemos. Mas a ciência trouxe provas conclusivas: todos os castigos corporais e psíquicos têm efeitos negativos. Por isso vamos mudar.

Pelo fim de todos os castigos corporais
Unsplash/Michał Parzuchowski

Se já o fez, não volte a agredir o seu filho.

Se testemunhar, intervenha, seja pedagógico.

A lei é clara, e os castigos corporais já são puníveis com 1 a 5 anos de prisão.

É pai ou mãe e precisa de ajuda? Descubra aqui o que fazer.

Vamos crescer e ser melhores adultos, agora e no futuro.

Tenha coragem

Esta mensagem pode ser difícil de passar hoje, mas será óbvia para todos amanhã. Tenha a coragem de proteger os mais vulneráveis:

  • Mesmo que não tenha filhos, ajude e divulgue.
  • Mesmo que tenha mudado de opinião, ajude e divulgue.

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