Castigos corporais: o que são?

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Embora já muitos países (como Portugal) proíbam o castigo corporal em todas as circunstâncias, incluindo em casa, há muitas pessoas que ainda os praticam e muitos governos que não aplicam a lei.

Em 2020, houve 5216 crianças vítimas de violência doméstica reportadas em Portugal.

Em 2021 houve a registar, no transporte de vítimas, 655 crianças.

Morreram duas crianças.

Só no primeiro trimestre deste ano já morreu uma criança.

Os castigos corporais incluem:

  • abanar
  • arranhar
  • bater, com mãos ou objetos
  • beliscar
  • empurrar
  • estaladas
  • lavar a boca da criança com sabão ou obrigá-la a ingerir produtos picantes
  • morder
  • obrigar a criança a permanecer em posições incómodas
  • palmadas
  • pontapés
  • puxar orelhas ou cabelos
  • queimar

Exemplos de maus-tratos psíquicos:

  • humilhar, gritar, intimidar
  • ameaçar física ou verbalmente
  • provocar, insultar
  • privar ou limitar a liberdade de movimentos
  • isolar ou afastar dos outros

Fonte: Comité das Nações Unidas pelos Direitos da Criança

Nenhum destes gestos de violência é aceitável entre adultos.

E não pode ser aceitável entre um adulto e uma criança.

Consequências

Numa declaração oficial, a Academia Americana de Pediatria, que representa mais de 67 000 médicos pediatras, afirmou peremptoriamente que os pais não devem bater nos seus filhos.

Os efeitos nocivos dos castigos corporais e da agressão verbal através da ameaça física e da humilhação incluem:

  • Crianças com comportamento agressivo na escola e fora dela;
  • risco de distúrbios de saúde mental;
  • problemas cognitivos;
  • transtornos comportamentais e depressão na adolescência;
  • são um precursor da violência doméstica entre adultos;
  • podem levar tanto ao futuro consumo de álcool e drogas, como a tentativas de suicídio.

É necessário ter tolerância zero a qualquer castigo corporal!